sexta-feira, 24 de abril de 2009

Legislativo perseguido

Concordo com o presidente da Alesc, deputado Jorginho Mello (PSDB) quando diz que outros poderes também deveriam ser policiados pela mídia quanto ao uso dos recursos públicos. "O poder está sofrendo um desgaste brutal. Não sei se há interesses por trás disso", reclamou ele.

Porém, essa matéria feita pelo site Comunique-se poderia ter sido poupada. Ficou feio para o deputado Ciro Gomes.

Ciro Gomes e senadores criticam a cobertura da mídia no caso das cotas de passagens.

Nesta quarta-feira, 22/04, o deputado Ciro Gomes, (PSB-CE), contestou a divulgação de matérias na imprensa que creditavam ao Ministério Público a informação sobre o uso da cotas de passagens feitas pelo deputado.
"Ministério Público é o caralho! Não tenho medo de ninguém. Da imprensa, de deputados". "Pode escrever o caralho aí", repetiu várias vezes o deputado aos jornalistas, informa matéria da Folha de S. Paulo, publicada nesta quinta-feira, 23/04.
Para Dora Kramer, colunista de política do O Estado de S. Paulo, O Dia e BandNews FM, a atitude do deputado só prejudica o Parlamento. “Isso não contribui para a imagem do Parlamento. Não é essa a maneira de argumentar, só mostra que não tem argumento”, avalia.

Críticas do Senado

O senador Almeida Lima, (PSDB-SE), classificou como uma irresponsabilidade a publicação da matéria "Farra das passagens chega ao Senado", publicada pelo Correio Braziliense nesta quinta-feira, 22/04.
“Voltarei à tribuna porque preciso desse desagravo ao jornal Correio Braziliense, que não agiu com seriedade quando ele diz 'Farra das passagens chega ao Senado'. Isso é uma irresponsabilidade, não só do jornal como do jornalista. Isto é uma excrescência”, afirmou o senador segundo o Congresso em Foco.
“Ele foi ouvido pela matéria, as informações estão corretas, mas é o direito dele criticar, é o direito de qualquer cidadão”, afirma Leandro Colon, repórter que escreveu a matéria publicada no Correio Braziliense.
O senador Epitácio Cafeteira, (PTB-MA), disse que existe uma onda de denuncismo na mídia. “A imprensa está numa onda de denuncismo que pode levar a fechar esta Casa do Congresso”.
Outros membros do Senado, como José Agripino (DEM -RN), também criticaram a imprensa, afirmando que a mídia está quase misturando joio com trigo.
“Isso nada mais é do que um desejo de que a crítica não exista. Não há argumentos do Parlamento. O Parlamento tem tantos instrumentos de comunicação, mas demonstra que não sabe se comunicar”, conclui Dora.

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