segunda-feira, 20 de abril de 2009

"Amarras" é selecionado para festival na Holanda

O documentário “Amarras”, da jornalista Letícia Kapper, minha colega de Notícias do Dia, foi selecionado para participar do Câmara Mundo, festival holandês de filmes independentes que acontece em Roterdã, na Holanda, de 25 a 29 de junho. A exibição estréia ocorreu no dia 8 de abril, no Teatro da Ulbro, no Centro da Capital, e lotou as duas sessões.
“Amarras” aborda o alto índice de reincidência carcerária, um dos motivos para a superlotação, o alto índice de violência e fugas. O fio condutor do documentário é a história de Katya Regina Costa, 28 anos, reclusa por mais de dez vezes ao longo da vida. Ela se tornou assunto na mídia quando, depois de ganhar a liberdade, foi descoberta pernoitando no espaço de visita íntima do Presídio Feminino de Florianópolis. Atualmente, Katya está detida no Presídio Regional de Mafra, onde concedeu as entrevistas. A equipe passou três dias filmando o local.

SINOPSE DO DOCUMENTÁRIO “AMARRAS” - Trailer

Katya Regina Costa, 28 anos, apenas mais um número de registro na Secretaria de Defesa Civil de Santa Catarina, é uma das vitimas dessas amarras reforçadas pela indiferença. Viveu na rua desde os 8 anos porque sua mãe não aceitou sua opção sexual - homossexualidade já expressa na infância - e por apanhar do padastro. Sobreviveu “batendo carteira” em Joinville e Florianópolis. Aprendeu assinar seu nome apenas ao 24 anos, no Presídio Feminino de Florianópolis. Em liberdade durante menos de dois meses nesse ano, tentou conseguir emprego, mas todas suas tentativas de inserir-se na sociedade foram frustradas por conta de sua ficha suja e da falta de autonomia e instrução: estudou somente até a 4ª série. O documentário “Amarras” mostra o drama da presidiária, que hoje puxa cadeia na cidade de Mafra, e levanta uma discussão soterrada por parte da sociedade que parece ter esquecido a importância da fraternidade.

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