quarta-feira, 13 de maio de 2009

Medida de taxar renda de grandes poupadores divide parlamentares

A intenção de adotar uma nova política de taxação sobre os grandes poupadores, anunciada quarta-feira pelo Governo Federal, dividiu a opinião dos deputados estaduais. A proposta, que deve ser enviada ao Congresso, prevê que contas com saldo superior a R$ 50 mil paguem imposto de renda sobre a rentabilidade a partir de 2010, o que não agradou alguns parlamentares. “O Governo Federal está querendo aumentar a arrecadação as custas dos tradicionais poupadores com um pouco mais de dinheiro. Fez algo parecido quando o barril do petróleo baixou e o preço da gasolina não. Na verdade, o Brasil não tem um plano de atendimento aos mais diversos segmentos econômicos do país”, protestou o deputado Marcos Vieira (PSDB), presidente da Comissão de Finanças e Tributação. O democrata Darci de Matos também não concorda com a nova proposta de tributação. “Para mim, a poupança é sagrada. Já tivemos um presidente que confiscou nosso dinheiro. Agora, aquele que tem um pouco mais de dinheiro e vendeu um bem, um sítio ou um carro, por exemplo, sofrerá as conseqüências. É uma medida arbitrária”, acrescentou ele, vice-presidente da Comissão de Finanças e Tributação.

Já o petista Décio Góes defende que o momento de redução de juros pede uma diferenciação entre os usuários desta categoria de investimento. “Aqueles que sempre acreditaram na poupança, foram fiéis, precisam de ser preservados. Mas o especulador terá sim de seguir novas regras”, avalia ele, membro da CFT. Segundo o ministro da Fazenda, GuidoMantega, os ajustes visam “garantir que a poupança continue sendo o investimento mais importante para o grosso da população brasileira”.

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