sábado, 15 de agosto de 2009

Biguaçu e Grupo EBX firmam protocolo de intenções

Biguaçu firmou protocolo de Intenções com o Grupo EBX na tarde desta quinta-feira, 13 de agosto, a fim de formar parcerias estratégicas na geração de emprego e renda mediante investimentos na instalação e operação de empreendimento naval necessário à prospecção e produção de petróleo e gás no Brasil. O empreendimento está sendo concebido e estruturado dentro dos padrões de tecnologia mais modernos do mundo. O documento foi assinado pelo prefeito de Biguaçu, José Castelo Deschamps, e pelo presidente do Grupo EBX, Eike Fuhrken Batista, em reunião realizada na sede do grupo, no Rio de Janeiro.

O Grupo EBX pretende construir um estaleiro em Biguaçu para suprir a demanda da indústria petrolífera no país. Localizado no bairro Tijuquinhas, o terreno escolhido para o empreendimento tem 1,6 milhão de metros quadrados e é adequado às necessidades técnicas. A definição do local levou em consideração o potencial de capacitação da mão-de-obra local, as condições técnicas da área e a facilidade logística, já que o município é cortado pela BR-101 e está próximo aos terminais portuários de Itajaí e Navegantes.

O prefeito Castelo destacou que outros fatores decisivos foram a proximidade de 17 quilômetros da Capital do Estado, Florianópolis, o potencial de crescimento do município e principalmente a intenção de Biguaçu em buscar o crescimento do município através de uma política de atração de novas indústrias, com agilidade nas decisões administrativas. “O papel da administração pública deve ser o de fomentar o desenvolvimento sustentável, com geração de emprego e renda. Não basta deixar de criar entraves, é indispensável uma postura pró-ativa, através de condutas efetivas orientadas para o resultado”, declarou o prefeito.

3 comentários:

  1. É interessante a tua noticia, porém acrescento que a empresa EBX sondou compra de terrenos na área de Areias de Baixo, e num determinado terreno o proprietário não aceitou a proposta inicial ( muito aquém do valor comercial); propos negociação, pois estava em ponto estratégico e eis que agora a Prefeitura de Biguaçu edita um decreto desapropriando a área deste terreno, cujo proprietário tem ali sua renda de plantio e criação de animais, para fins de utilidade pública.
    Estranha e merecedora de análise é o fato de que a desapropriação envolve uma substancial economia para a EBX, já que o valor indenizatório é ridiculo.
    Biguaçu já esteve dentro e no centro de situaçãoes estranhas envolvendo o meio ambiente ( vide operação da PF que envolveu secretarias desta área, neste municipio). É dificil de entender que um empreendimento deste porte, limitado por áreas de preservação de mata Atlantica e a reserva do Arvoredo, seja aprovado com tal facilidade, além de efetivar desapropriação eticamente questionável , antes sequer de analises de impacto ambiental, pois haverá direcionamento gigantesco de pessoas e estruturas, cuja maior vítima será o meio ambiente e a beleza da região costeira e protegida. Há previsão de mais de 20000 pessoas que chegarão no local, sem análise de capacidade de água, esgoto, contaminação de lençol freático,energia elétrica, etc. O que vimos é o poder economico acima da lógica e da ingenuidade e direito das pessoas, arquitetadas por poucas pessoas que usufruirão desta atitude indecente. Se um negócio inicia de forma irregular e amoral ,o que esperar da sequencia deste investimento ?
    O direito não observado de poucos será o direito negado a muitos -apenas é uma questão de tempo !
    É triste que até os meios de comunicação não se importem com isso, porque não interessa ter um ideal, uma verdade e um motivo para acreditar que realmente podemos fazer a diferença!
    Você é qual tipo de homem ?
    Ronaldo - 10/11/2009

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  2. Alfredosilvajr@gmail.comqua. jan. 27, 07:34:00 PM 2010

    Concordo em quase tudo com o Ronaldo.
    Mas sou a favor desde que eles se comprometam em investir um valor em dinheiro que viabilize políticas públicas capazes de melhorar a vida das pessoas proporcionalmente ao impacto. Luto que deve ser democratizado o sistema, o debate e que haja uma perícia judicial pra se apurar o impacto financeiro desse empreendimento, e que o MP junto da Prefeitura e comunidade, sociedade civil organizada, todas em conjunto arbitrasse o valor, o mais transparente possível, obtendo-se benefícios e salvando outros ecosistemas ameaçados, equipando, aparelhando os órgaos ambientais com mais tecnicos, pagando melhor os biologos, geografos, etc, garantindo um beneficio muito maior pra cidade.
    Alfredo Silva - Biguaçu

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  3. Tem alguma coisa errada aí, até bem pouco tempo atráz queriam até proibir embarcações grandes, escunas, de navegarem no local onde vai ser dragado para servir de porto a EBX, alegando que poderia maltratar os golfinhos que por alí viviam, além de ser uma área de preservação permanente já que o local tem uma extensa área de mangue. Desafio os ecologistas, ou pretensos, a justificarem tamanha mudança no discurso, porque se tal empresa realmente vier a se instalar no local, podemos dizer adeus aos golfinhos, coitados, aos pescadores de camarão da Caieira do Norte, tadinhos, e, sem falar em outras mudanças ambientais drásticas que alí irão ocorrer. Será esse o caminho que queremos para Biguaçu, uma nova Cubatão?

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