segunda-feira, 13 de julho de 2009

Uma nota curta nos jornais

Nesta segunda-feira fiz o obituário do jornal, experiência meio estranha, e lá estavam os jovens mortos naquele trágico acidente de Palhoça. Cada um levou pouco mais de duas linhas de texto, nome, idade, causa e local da morte, e o cemitério de sepultamento. Eram esses os poucos dados que a menina daquela central de informações tinha. Uma vida encerrada em uma nota curta de jornal, frase de Herbert Vianna em Calibre. Eis o destino de cada um de nós.

Aproveitando o Dia Mundial do Rock, neste dia 13, a letra deste grande som do Paralamas
Que o Rock prevaleça, forte, indestrutível, por mais 50 anos.


Eu vivo sem saber até quando ainda estou vivo
Sem saber o calibre do perigo
Eu não sei da onde vem o tiro (2x)

Por que caminhos você vai e volta?
Aonde você nunca vai?
Em que esquinas você nunca pára?
A que horas você nunca sai?
Há quanto tempo você sente medo?
Quantos amigos você já perdeu?
Entricherado, vivendo em segredo
E ainda diz que não é problema seu
E a vida já não é mais vida
No caos ninguém é cidadão
As promessas foram esquecidas
Não há estado, não há mais nação
Perdido em números de guerra
Rezando por dias de paz
Não vê que a sua vida aqui se encerra
Com uma nota curta nos jornais

Eu vivo sem saber até quando ainda estou vivo
Sem saber o calibre do perigo
Eu não sei, da onde vem o tiro (2x)

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