Demora na reforma causa retrocesso

Enquanto a reforma administrativa do prefeito Dário Berger (PMDB) não sai do papel, a máquina pública vê setores estratégicos penar com a falta de pessoal e de autonomia na hora de tomar decisões, já que muitos cargos já foram exonerados. Sem o corpo técnico necessário, órgãos como o Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf) corre o risco de ter o principal projeto comprometido: o Plano Diretor. É o que afirma o delegado Ildo Rosa, que ainda responde pelo instituto e pela Secretaria de Defesa do Cidadão, apesar de ter retornado à Polícia Federal. Segundo ele, servidores das bases distritais que estavam à disposição do Plano Diretor já deixaram as atividades. "Agora, será preciso recomeçar todo treinamento de pessoal, um dano irreversível para quem desejava apresentar um produto neste primeiro semestre, com o macro zoneamento e medidas de proteção. Uma grande frustração para um processo tão importante, oneroso e penoso", lamentou ele, que aguarda com expectativa a nova estrutura da pasta, bem como o nome do novo titular. Afinal, o Ipuf, segundo Rosa, tem um papel estratégico. "Concentra atribuições como gerenciamento do sistema viário, setor de multas, planejamento de vias e pólo gerador de tráfego. Há uma complexidade que exige grande competência técnica", explicou.A Fundação de Cultura também aguarda com apreensão e impotência, sem saber se a subordinação dentro de uma secretaria de Turismo irá travar ou melhorar a busca por recursos.