terça-feira, 20 de outubro de 2009

PMDB e PT selam aliança nacional sem ouvir líderes do Sul do País


O PMDB e o PT selaram ontem, na Granja do Torto, em Brasília, um pré-compromisso para as eleições de 2010, mas sem a imposição de que o quadro se repita nos estados. Mesmo assim, parece que a cúpula nacional do PMDB não teria consultado líderes nacionais com representatividade no Sul do País antes do noivado. O presidente do partido em Santa Catarina, Eduardo Pinho Moreira, por exemplo, sequer sabia do ato e garante que nomes como o governador Roberto Requião e o senador gaúcho Pedro Simon também desconheciam. Ele, que esteve com os dois recentemente, em Curitiba, ressaltou que se trata, na verdade, de uma aliança fechada sem o consenso de todos os estados, de forma isolada.

“O presidente nacional, deputado Michel Temer, poderia ter consultado todas as executivas estaduais antes”, avaliou Pinho, garantinho que o compromisso selado em Brasília não aproxima o PMDB do PT no Estado. “Não sei por que a imprensa tem insistido tanto nisso. Estive com a senadora Ideli Salvatti uma vez e com a Trípllice Aliança pelo menos 15 vezes. Aqui, o partido vai lutar pela manutenção do grupo”, reforçou ele.Segundo o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Álves (RN), nos casos em que os dois partidos são inimigos políticos, como na Bahia e no Rio Grande do Sul, as divergências serão respeitadas.


Ele disse ainda que após o pré-compromisso firmado em âmbito nacional, os partidos irão cuidar da questão estadual com “obstinação”. “Porque esse é o maior patrimônio do PMDB, são as lideranças estaduais”, afirmou ele. Mesmo assim, os líderes do Sul do País ficaram sem voz desta vez.
Foto: divulgação

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