O vôo solo do presidente estadual do PV, Gerson Basso, no horário reservado aos partidos, agravou a crise entre os verdes, que já estavam mordidos com o fato do líder ter se aliado ao PMDB. Em carta, o suplente de deputado e diretor jurídico da legenda no Estado, Ivan Naatz, reclama do personalismo de Basso, ao deixar de fora do precioso espaço ícones do partido, deputados suplentes, os quatro vereadores e até mesmo o único vice-prefeito eleito do PV no município de Itapoá, no Norte do Estado. Ele também dispara que Basso “vendeu a alma” ao prefeito da Capital, Dário Berger, em troca de um cargo público como superintendente da Fundação Municipal de Meio Ambiente (Floram). “Durante anos o horário foi usado pelas grandes lideranças estaduais. Desta vez, ele se apropriou dos documentos que a Executiva Nacional manda e gravou sozinho. Em troca deste emprego criou resistências dentro do partido”, criticou Naatz, que pretende enviar carta ao PMDB alegando que Basso não falaria pelos filiados. A queixa seria generalizada. Na semana passada, líderes verdes se reuniram no município de Penha e criaram uma carta solicitando à Executiva Nacional o afastamento do presidente. Entre os filiados que já garantiram adesão ao manifesto estão o vice-prefeito Mário Tavares e os quatro parlamentares eleitos, a exemplo de Rodrigo Althoff, de Gaspar. “O partido não se resume a uma pessoa. Nas últimas eleições não tivemos um mínimo apoio da presidência estadual. Eu nunca fui chamado pra nada”, reclamou o vereador.
Foto: divulgação
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