quarta-feira, 21 de setembro de 2011

TCE: 56 anos sem ter as contas fiscalizadas

Há 65 anos, desde que foi criado, o Tribunal de Contas do Estado nunca sofreu uma auditoria ampla em suas contas por parte da Assembleia Legislativa, embora seja prerrogativa constitucional do parlamento. Os deputados, por lei, deveriam fazer trimestralmente e anualmente essa fiscalização. Assim fica fácil.

O TCE, que fiscaliza as contas do Estado e de municípios, e também instalou recentemente uma auditoria na Alesc, só agora vai sofrer o mesmo processo. A ordem foi o presidente da Assembleia, Gelson Merísio (PSD).

Ninguém sabe dizer por que só agora isso saiu do papel.Hoje, o TCE tem cinco conselheiros que já estiveram do outro lado da Praça Tancredo Neves.

Dário Berger quer dar as cartas no PMDB

O prefeito da Capital, Dário Berger, emparedou o Diretório Municipal do PMDB. Quer ser o mentor das eleições municipais de 2012, com plenos poderes para decidir os rumos do partido. Exige o direito de definir a política de coligação, os candidatos a vereador e teria chegado até sugerir o deputado federal Gean Loureiro como vice do deputado estadual César Souza Júnior, hoje secretário de Estado do Turismo, pré-candidato à prefeito de Florianópolis pelo PSD.

Terça-feira teria encerrado o prazo dado por Berger para que o diretório lhe entregasse uma procuração concedendo a autonomia e deixando o PMDB à margem das decisões.
Isso gerou um mal estar dentro do diretório, presidido pelo vereador Celso Sandrini, que recorreu aos deputados. Ele e o também vereador João da Bega participaram, terça, do almoço da bancada estadual.

Os deputados criticaram a postura do prefeito e disseram que as decisões precisam passar não só por ele, mas pelo Diretório Municipal, os vereadores e os deputados da região, como Renato Hinnig e Edson Andrino. “Isso é coisa de quem pensa que é dono do partido. E todos sabemos que o PMDB não tem dono”, disparou o Andrino.
O deputado Antônio Aguiar também reforçou a importância das decisões serem partidárias e não monocráticas. “O partido precisa ser ouvido”, disse ele.

Situação semelhante parece estar ocorrendo em Palhoça, na Grande Florianópolis, onde o prefeito Ronério Heiderscheidt (PMDB) estaria querendo emplacar o primo Haroldo Heiderscheidt como seu possível sucessor, sem consultar o partido. Ele foi secretário de obras. O presidente da Câmara Municipal, vereador Otávio Marcelino Martins, que seria o nome forte da sigla para disputar a prefeitura, já anunciou, nos bastidores, que pode deixar a sigla se não houver um debate mais amplo em torno do possível candidato.