quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Governador de meio expediente

O governador em exercício de Santa Catarina não é o desembargador João Eduardo Souza Varella? Pois é, porque então o site do Governo do Estado só mostra fotos do governador licenciado Luiz Henrique da Silveira na Europa? Varella está sem assessor? Outra coisa curiosa, o presidente do TJ está despachando pela manhã no tribunal e à tarde no Centro Administrativo. É governador de meio expediente.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

O apelo do tucano

A carta do Pavan, que não quer a Alesc embaçando o processo:

O texto, na íntegra, é o seguinte:

"Florianópolis, 26 de janeiro de 2010.
Exmo. Senhor
Deputado Jorginho Mello
DD. Presidente da Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina
Nesta

Excelentíssimo Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados:

Ao homem público o que mais engrandece é a honra. Assim sempre se desenrolou a minha vida política, disputando eleições e exercendo os mandatos de Vereador, Prefeito por três vezes, Deputado Federal, Senador da República e, agora, Vice Governador.

2. Santa Catarina conhece muito bem a história política do Governador Luiz Henrique da Silveira. Nosso Estado não pode prescindir de todo o cabedal de conhecimento e experiência deste destacado e honrado homem público. Santa Catarina também conhece muito bem a minha história política.

3. No entanto, em novembro de 2009, fui surpreendido com a divulgação de um Inquérito que pôs em dúvida ações administrativas. Nele, aparecem conversas de terceiros e imagens que não retratam qualquer atitude ilícita, ensejando injusta denúncia junto ao Tribunal de Justiça de nosso Estado.

4. Indignado com tudo isso, imediatamente orientei meu advogado no sentido de pedir para agilizar o processo, visando restabelecer a verdade.

5. Como o Tribunal de Justiça de Santa Catarina estava em recesso, declinei de assumir o Governo no dia 5 de janeiro do corrente ano para, em respeito ao Judiciário e aos catarinenses, preparar e apresentar minha defesa.

6. Apesar de ter dito em minha defesa, encaminhada ao Tribunal de Justiça, que abria mão da prerrogativa que o cargo detém, ou seja, a prévia autorização da Assembléia Legislativa, entendeu o Pleno daquela Corte, por maioria de votos, após calorosos debates, que o processamento depende da mencionada formalidade legal, decidindo pelo encaminhamento do pedido de autorização a esta Casa para a apuração das denúncias que a mim são imputadas.

7. A partir da decisão do Tribunal de Justiça surgiram inúmeras especulações em torno do que poderia acontecer. Tenho certeza de que os membros desta ilustre Casa votarão de acordo com as suas consciências e o melhor para o nosso estado de Santa Catarina. Imaginavam alguns que eu fosse me valer da larga base de apoio governamental para interromper a apuração das denúncias que contra mim achacam. Ao contrário. Confio plenamente nos parlamentares que são legítimos representantes do povo catarinense e que sempre fazem valer a independência necessária ao regime democrático.

8. Compareço, por isso, antes do reinicio dos trabalhos legislativos, a esta Casa, dirigindo-me a Vossa Excelência e a cada um dos quarenta Deputados que a integram, para reafirmar que não pratiquei nenhum ato ilícito e, não causei ao Estado de Santa Catarina qualquer tipo de prejuízo.

9. Tenho sofrido muito com as freqüentes manifestações contra a minha pessoa. Estou pagando um preço muito elevado. Meu patrimônio político foi construído com muito trabalho e sacrifício. Espero que a verdade e a justiça sejam restabelecidas. Depois de vinte anos de vida pública e de sete eleições vitoriosas, a minha maior preocupação é a população catarinense. Diante desse intenso massacre a que estou sendo submetido, preocupa-me o patrimônio político. Porém, mais do que tudo, preocupa-me a minha imagem pessoal, a minha moral que está sendo injustamente atingida.

10. Minha angústia pessoal aumenta enormemente quando vejo no dia a dia o sofrimento de minha família, de meus amigos e de todos aqueles que, por me conhecerem, sabem da minha inocência nestas acusações que tentam me imputar.

11. Por isso, Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, em respeito a cada um dos membros desta Casa e de todos os catarinenses, indistintamente, me dirijo a Vossas Excelências para pedir que votem favoravelmente ao pedido que o Tribunal de Justiça do nosso Estado lhes encaminhará, para que seja permitida a apuração das denúncias contra mim apresentadas pelo Ministério Público Estadual.

12. Concedida a autorização por esta Casa, apelarei ao Tribunal de Justiça para que envide todos os esforços para agilizar o andamento da apuração. Mais do que ninguém, tenho interesse de ver apreciadas pelo Tribunal de Justiça cada uma das acusações que pesam sobre mim. Confio no Judiciário Barriga-Verde, confio no Tribunal de Justiça de Santa Catarina.

12. Reafirmo o propósito de trabalhar em favor dos catarinenses, com dedicação e esmero, promovendo em especial as ações que mais possam contribuir para a promoção da dignidade das pessoas que habitam no nosso Estado, em especial aqueles que mais precisam das iniciativas do Poder Público. É com este sentimento, com este propósito, que me disponho a exercer o mandato de Governador, respeitando a todos, inclusive meus adversários.

13. Invocando a proteção de Deus sobre todos nós, rogo para que a verdade, momentamente oculta por circunstancias e interesses não sei de que ordem seja restabelecida.

Atenciosamente

LEONEL ARCANGELO PAVAN
Vice-Governador do Estado"

“Quero ser julgado”

O vice-governador Leonel Pavan (PSDB) fez ontem um gol de placa, ao protocolar na Alesc um pedido para que os deputados autorizem o TJ a continuar o processo contra ele, denunciado por corrupção. O estrago político foi feito, mas o ato não deixa de amenizar o estrago frente à opinião pública. Afinal, ele quer ser julgado o mais rápido possível e poderia usar da prerrogativa de vice-governador, com domínio sobre a base governista, para travar o processo. Aos olhos do povo fica a sensação de que Pavan não quer que o assunto termine em pizza. “Quero ser julgado”, garantiu ele. A estratégia também enterra todas as especulações sobre o placar da votação. O mais engraçado é que a oposição acabou seguindo a orientação de Pavan, ao manifestar-se pela autorização.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Suador

Questionada sobre a vida de casada, a senadora Ideli Salvatti (PT), 57, tirou o excesso de suor da testa e largou: “Um suador danado. O homem é triatleta”, brincou ela, ontem, durante coletiva do PT na Capital. A parlamentar casou recentemente com o militar Jefferson Figueiredo, de 45 anos.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Caneta da sorte

O desembargador João Eduardo Varella, presidente do TJ, fez questão de usar, durante sua posse no Governo do Estado, quinta-feira, a mesma caneta que o pai, Antônio Nunes Varella, usou na diplomação como deputado junto à Assembléia Estadual Constituinte, em 1947. Varella faz coleção de canetas e essa talvez seja a preferida.

Foto: James Tavares/Secom-SC

Gastrite?

Segundo médicos, gastrite não seria motivo para tirar licença e muito menos para cirurgia, possibilidade ventilada pelo próprio vice-governador Leonel Pavan, licenciado para tratar a doença. O tucano Pavan quer mesmo é tempo para pensar na vida e no futuro político. Está de molho.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Pavan fora da disputa?

O vice-governador Leonel Pavan (PSDB) começa a sentir finalmente os efeitos políticos das denúncias contra ele na Operação Transparência. A divulgação dos grampos telefônicos foi um forte golpe frente à opinião pública. Embora garanta que as conversas gravadas não apontem crime algum, reconhece o estrago. Em entrevista exclusiva ao Notícias do Dia e à RIC Record, na última sexta-feira, revelou pela primeira vez, desde o indiciamento, que já não fala mais em candidatura. Parece guardar o projeto na gaveta enquanto se defende. “O futuro a Deus pertence. Vou deixar nas mãos dele. Já não falo nem mais com o partido sobre isso”, revelou. Ao contrário do que o vice alega, a verdade é que as gravações comprovariam os crimes de advocacia administrativa e quebra de sigilo funcional. A corrupção não foi comprovada, mas há fortes indícios.

Dedo

Vocês sabiam que o ex-proprietário da fábrica onde o sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva perdeu o dedo, em São Paulo, mora hoje em Santo Amaro da Imperatriz? O acidente de trabalho foi reproduzido pelo filme “Lula, o Filho do Brasil”. A cena o mostra fazendo serão para terminar uma grande encomenda. Em um descuido, acabou perdendo o dedo na prensa de tornear parafuso. A versão oficial seria que um colega cochilou e soltou a máquina em cima da mão de Lula.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Para inglês

É triste ver o kartódromo de Canasvieiras, na Capital, abandonado depois de tanta pirotecnia com o Desafio das Estrelas. Nem parece que grandes nomes do automobilismo mundial correram ali. O custo da obra foi R$ 3 milhões e foi construída em tempo recorde, no Sapiens Parque, com recursos da Lei de Incentivo ao Esporte do Governo do Estado. Porque não aproveitam aquelas instalações de alguma forma? É um verdadeiro desperdício de dinheiro público. Coisa só para inglês ver.

Deu pra ele

Levando em consideração as últimas denúncias e a repercussão nacional do desconfortável histórico junto à Polícia Federal, dizem que Leonel Pavan (PSDB) estaria fora das próximas eleições. Não dá mais para tampar o sol com a peneira.

Que saco

Sinceramente, alguém ainda aguenta ver Big Brother? O Brasil é o único país no mundo que conseguiu assistir a nove temporadas do reality show e ainda continuar com público para mais uma dezena de anos. Nos demais países onde a produção foi exibida, o máximo foram quatro temporadas. Então eu me pergunto: onde estará o problema? Na programação? Nos telespectadores? Na Rede Globo? Em tudo isso junto?

Quadrada

Para Danny Undhammar, o melhor barman do mundo, Floripa é deliciosamente cítrica. Por isso, o drink que criou em homenagem à Ilha tem como ingredientes ameixas vermelhas, suco de limão, guaraná e whisky Passport. Mas do jeito que a Capital está um caos mais parece uma cerveja ruim e quente. Está descendo quadrada.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Elogiado

A assessoria de comunicação do vereador da Capital, João Amin (PP), nega a informação de que o parlamentar estaria andando com seguranças, depois de ter feito as denúncias sobre irregularidades no contrato da polêmica árvore de Natal. Parte da programação de fim de ano acabou sendo cancelada e comerciantes estariam ameaçando João. Na verdade, as pessoas têm elogiado sua postura quando o encontram na rua, informou a assessoria.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Sem problemas

Em entrevista recente à imprensa, o governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) avaliou que Florianópolis não tem problemas de infraestrutura. O problema teria sido a grande demanda que superou todas as expectativas. Conta para o bonequinho...

O preço

Dizem vereadores da Capital que João Amin (PP) teria passado a andar com seguranças depois que denunciou supostas irregularidades no contrato de shows de fim de ano da prefeitura. A programação acabou sendo cancelada. Comerciantes que sofreram prejuízo com a não realização das atrações estariam ameaçando o parlamentar.

Elefante branco

Não se sabe quando a polêmica árvore de Natal de Florianópolis será desmontada, pois o contrato da empresa de manutenção venceu. E a verdade é que ninguém agüenta mais esse gigante no meio da Beira-Mar Norte. Já não enfeita. É o símbolo do mais vergonhoso e atrapalhado fim de ano de Florianópolis, tirando o Réveillon, claro, salvo pela RIC Record.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

PSOL quer impeachment de Leonel Pavan

O PSOL catarinense vai requerer nesta terça-feira, junto à Assembléia Legislativa, pedido de impeachment do vice-governador Leonel Pavan (PSDB). Segundo o presidente do PSOL, Afrânio Boppré "os fatos já apontados pela Polícia Federal e Ministério Público são suficientes e justificam o pedido de impeachment". A decisão foi tomada em reunião extraordinária do partido.
O documento possui 14 páginas e pede o afastamento do vice-governador de suas funções até que o processo seja analisado pelos deputados estaduais. Para Boppré, "se a Alesc quiser continuar sendo reconhecida como a Casa do Povo e poder independente, deve acolher a iniciativa do PSOL".

O PSOL foi o primeiro partido a requerer impeachment de José Roberto Arruda (DEM), governador do Distrito Federal flagrado com dinheiro nas meias. Também em 2008, o PSOL gaúcho se destacou pelas denúncias contra a governadora Yeda Crusius (PSDB), do Rio Grande do Sul, sobre a compra de sua mansão com dinheiro de campanha eleitoral.

Agora, será que o PSOL vai conseguir tirar os deputados da praia? Será que os parlamentares vão levar o pedido a sério?

Após o protocolo, o PSOL dará coletiva na Alesc às 15 h.